Como realçado no capítulo anterior, é comum ao Engenheiro de Manutenção deparar-se com sistemas multicomponentes, isto é, mecanismos constituídos por mais de um material.
Na realidade, trata-se da situação a mais comum, por exemplo, uma tubulação, de aço AISI 316 L conectada, através de um flange, com outra tubulação em aço ao carbono.
Em tais condições, ocorrem nova interfaces.
Se considerarmos que o eletrólito é o mesmo para todo o mecanismo e que a “entrada” no sistema se processa pelo lado do aço inox e a “saída” pelo lado do aço ao carbono, o fluxo do processo corrosivo, isto é, as correntes eletrolíticas geradas pelas forças (as diferenças de potenciais eletroquímicos), serão determinadas pela continuidade das interfaces.
Em outras palavras, não haverá descontinuidade do fluxo nas interfaces 1 e 2. Não haverá “poços” ou “sumidouros” de correntes e o processo de corrosão se manifestará ao longo do mecanismo e com intensidades e sentidos dependentes de cada interface per si.
É o que precisaremos a seguir.