Antes de apresentar o Princípio de Le Châtelier, vamos enfatizar alguns pontos realçados no capítulo anterior.
1º Ponto: A Corrosão custa muito caro!
De fato, dados do governo americano aludem a valores da ordem de bilhões de dólares por ano.
No Brasil não se sabe ao certo. Aqui os custos da corrosão se resumem à contabilidade do gasto com galões de tinta, tratamentos de águas industriais, proteção catódica e dos custos inerentes a tais tecnologias, como H/H, andaimes, despesas fixas, transportes, mobilização/desmobilização, impostos e o assim chamado Custo Brasil.
Todos os citados podem ser considerados como custos diretos.
Ocorre que a parcela principal dos estragos causados pela corrosão são os custos indiretos.
O preço de um conjunto porca/parafuso em aço inoxidável talvez não ultrapasse uma dezena de reais; contudo, se houver corrosão neste conjunto e se, em decorrência, esta corrosão provocar um vazamento de um produto tóxico, as consequências serão de tal monta que se torna quase impossível cifrá-la.
Aqui no Brasil, é imposta a política do “menor preço”. Tanto na área governamental quanto na iniciativa privada, a legislação prevê ( e os executivos a endossam) um mínimo de três concorrentes e a decisão de escolha pelo menor preço.
Desnecessário insistir na inoperância de tal prática, pelo menos na área da corrosão.
Por alguns milhares de reais economizados na árvore inicial LN, pode- se pagar um altíssimo preço mais tarde pelas “sub-árvores” criadas (vide Parte Introdutória).
O recente acidente no Golfo do México evidenciou, infelizmente, o erro dessa prática!
Por outro lado, nem sempre o produto mais caro, aquele “de última geração”, significa a solução efetiva de um problema de corrosão.
Ao longo de nossa experiência profissional insistimos na premissa de que o melhor custo/benefício se baseia na pesquisa direta das causas de corrosões nas próprias indústrias.
É com base no “real” que economizamos “reais”.