Nota Histórica:
O Princípio da Menor Ação ou PMA, enunciado pela primeira vez em 1744 pelo filósofo francês Maupertuis, postula que a natureza opera segundo uma trajetória de mínima ação.
Em outras palavras, a natureza seria “econômica”.
Maupertuis concluiu daí que, de acordo com este princípio “demonstrava-se a existência de um ser superior, pois, argumentava ele, a matéria inanimada não poderia por si só escolher a melhor trajetória durante um processo qualquer.
Mais tarde, com o advento da mecânica analítica de Lagrange-Hamilton e Euler, este princípio foi demonstrado racionalmente sem, portanto, necessidade de intervenções divinas.
A aplicação do PMA aos problemas práticos de corrosão industrial constitui-se num guia extremamente útil para a elucidação de falhas.
Como se pode induzir da nota histórica acima, a ocorrência da falência de um objeto é uma série de eventos que permite uma trajetória de mínima ação, iniciada no instante em que dito objeto começou suas operações até ao ponto final, quando adveio a falha.
No presente capítulo definiremos o que se entende por ação e, através de casos práticos, exemplificaremos a forma de se obter a trajetória da menor ação.
Por facilidade de exposição, subdividiremos o capítulo em três partes.
Nesta primeira parte nossa exemplificação virá da técnica de pintura.
Na segunda parte, veremos como o PMA pode explicar, pelo menos em grandes linhas, as corrosões sob efeito de ações mecânicas.
E, por último, na terceira parte, corrosões relacionadas aos tratamentos de água e inibidores.